quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A Questão do PIRARA

Qualquer semelhança com a Roraima atual e a pretensa Res Raposa Serra do Sol, não terá sido mera coincidência. Quem viver verá. A Inglaterra levou sete décadas cozinhando.


Ao enviar para a então Guiana Inglesa o explorador alemão Robert Hermann Schomburgk, patrocinado pela Royal Geographical Society sob o pretexto de fazer explorações da riqueza zoobotânica da região, a Inglaterra fomentou uma disputa fronteiriça com o Brasil, em um território a leste de onde hoje está o atual Estado de Roraima, uma região de 33.200 km². Ela ficou conhecida como a Questão do Pirara.


Mais tarde, sob o argumento britânico de o território do Pirara ser ocupado por tribos independentes que reclamavam a proteção inglesa, o Brasil reconheceu provisoriamente a neutralidade da área em litígio e dali retirou seus funcionários e o destacamento militar, com a condição de que as tribos continuassem independentes. Contudo, em 1842, uma expedição militar liderada por Schomburgk colocou marcos fronteiriços, demarcando a fronteira sem a anuência do governo brasileiro. A questão se prolongou até 1904, quando, por fim, o Brasil aceitou o laudo arbitral do rei Vittorio Emanuele II, da Itália, que deu ganho de causa à Inglaterra, perdendo o Brasil 19.630 km² de seu território (o rei italiano concedeu de volta ao Brasil os outros 13.570 km²) e, conseqüentemente, os afluentes da bacia do Essequibo. Com a conquista, a Inglaterra obteve acesso às águas do Rio Amazonas pelos rios Ireng e Tacutu.

Um comentário:

Deus Carmo disse...

Acho que a a Guiana deve devolver ao Brasil a região do Pirara. Ficou comprovado que o Rei da Itália não fez um julgamento imparcial e por esta razão seu julgamento é nulo de todo direito. E o que é nulo não produz efeitos nem se torna válido com o tempo.